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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Para fazer sentido.

  Para  tentar entender as coisa eu geralmente busco saber a origem delas, evitando assim o julgamento. Por isso, acho que contando um pouco do que eu sou e de onde eu vim, ficará mais fácil para mim e para  leitores (se existirem) entender o que for postado daqui pra frente, pois muitas coisas parecerão  sem sentido e algumas realmente serão pois não fazem sentido nem pra mim.
  Meu nome é Júlia Silva Salvador de Oliveira, tenho 16 anos e moro em Itabirito, (ou Itaburaco, que é mais propício) uma cidadezinha minúscula e fofoqueira no interior de Minas Gerais, Brasil. Aqui não tem absolutamente nada para fazer. As pessoas ricas e fúteis geralmente organizam festas onde todo mundo fala mal de todo mundo pelas costas e ninguém, e todo mundo fica sabendo ao mesmo tempo. Por outro lado, as pessoas ricas e que sabem o que fazer com o dinheiro, vão para fora da cidade, do estado e as mais espertas, do país.
  Estudei em uma escola que aos olhos dos outro é uma das melhores da cidade, mas que ao meu ver era o pior dos pesadelos. Atualmente curso pela segunda vez o primeiro ano do ensino médio integrado ao curso de mineração no IFMG Campus Ouro Preto. Faço aulas de piano a mais ou menos 6 anos (os primeiros 2 anos foram de aulas de teclado).
  A primeira vista, qualquer um em sã consciência, me julga uma adoradora de coisas cor de rosa, florzinhas, coraçõezinhos e que brincava de Barbie na infância. Na verdade eu nunca gostei muito de rosa, e sempre escolhia sem pestanejar uma caveira a uma florzinha. Brincava de Barbie sim, mas era descepando um coitado de um exemplar que minha prima tinha e servia de cobaia para todos os experimentos de tortura imagináveis, até um dia que, com uma tacada de "beisebol"( uma cabo de vassoura quebrado servia de taco), o corpo da boneca foi parar no telhado e nunca mais foi achado. Isso não causou desespero porque logo depois, uma outra infeliz foi escolhida para o cargo, mas como tinha muito"peito", minha prima fez questão de raspar a desgraçada no concreto até que ela ficasse normal para os padrões de uma Barbie (minhas primas e minha irmã também tinham lá sua parcela de malevolência). Mas o que era mais legal é que atrás da casa da minha avó onde íamos passar férias, tinha (e tem até hoje) o ferro-velho do meu tio, e aquilo era um verdadeiro arsenal para nossas mentes criativas, sem contar o fato que tínhamos acesso a armas de chumbinho, dinamites, e uma casa de um certo modo até meio sombria para brincarmos até nossos pés  ficarem encardidos e nossos braços e pernas totalmente arranhados e vez ou outra com um ponto aqui e ali. Ou seja, não posso reclamar da minha infância.
  Mas como nem tudo são marshmallows nessa nossa curta vida, problemas vieram, vão continuar a vir e de um modo bem peculiar, vão me ajudar a manter minha inspiração sempre alerta para os mínimos detalhes, os mínimos erros e as grandes alegrias que cabem de um jeito curiosíssimo em curtos e ínfimos momentos.
  Muitas coisas nunca serão compreendidas ao meu respeito, nem mesmo por mim, e nesse contexto para fechar esse post, deixo uma frase de um louco que costuma fazer filmes por ai:
"Às vezes acho que meus personagens se rebelam até contra mim"-Tim Burton.

Um comentário:

  1. Prima,
    Realmente nossa infância foi muito louca e maléfica!!Temos cada história!!E apesar de cada um de nós(primos)sermos tão diferentes somos tão unidos!Até hoje, apesar dos caminhos serem tão distintos também!!
    Amei o seu blog(lá vem eu com o meu jeito frufru de ser!kkk) e seus desenhos sempre terão uma fã número um!(que sou eu que fique bem claro!!kk)
    Beijos,
    Luiza S.

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